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“Faz Acontecer” – Excerto de livro, Bel Pesce

Decidi partilhar hoje convosco um trecho do livro “Faz Acontecer”.

Livro “Faz Acontecer” reúne histórias de vários empreendedores inspiradores de todo o mundo. Partilho aqui convosco um excerto do livro e uma das minhas histórias preferidas.
Apresento-vos a brasileira, Bel Pesce, uma das pessoas mais inspiradores que conheci na volta ao mundo. Ela faz acontecer! Aqui vai:

Nome: Isabel Pesce Brito de Matos
Idade: 26 anos
Frase favorita:  Sonhe o impossível, faça acontecer!

“Cheguei a São Paulo, no Brasil, numa quinta-feira para participar num evento de empreendedorismo. De seguida, teria toda a sexta-feira e fim-de-semana livres e por isso, assim que terminou o evento, fui procurar formas de aproveitar ao máximo estes três dias. Queria algo diferente antes de regressar a São Paulo para mais uma semana de entrevistas. Decidi visitar as famosas Cataratas do Iguaçu, uma das sete maravilhas da natureza! Fui ambicioso. Para lá chegar teria de fazer dezoito horas de viagem de autocarro, de sexta para sábado, e outras dezoito horas para regressar, de domingo para segunda. O avião não era opção pois custava dinheiro que eu não tinha – “Será cansativo mas que se lixe, vou a dormir no autocarro. Só se vive uma vez. Não há-de ser nada”, pensei.

Localizada na fronteira entre o Brasil e a Argentina, as cataratas são um conjunto de cerca de duzentas e setenta e cinco quedas de água no Rio Iguaçu. São circundadas por milhares de hectares de floresta tropical e animais que só tinha visto na televisão. Fui e voltei de autocarro numa viagem dura, muito longa (cerca de 18 horas para ir e voltar) e, por azar, com pessoas que ressonavam ao meu lado. No entanto, quando lá cheguei, vi um cenário incrível e imaculado, quase saído dos tempos dos dinossauros. Algo imponente que me fez lembrar uns “macaquinhos” – como dizemos desenhos animados nos Açores – que via quando era miúdo – “Em Busca do Vale Encantado”. Uma série que fez furor nos anos noventa, onde vulcões, dinossauros e natureza no seu estado mais bruto dominavam a Terra. Era um cenário absolutamente magnífico e que fez toda a viagem de autocarro valer a pena.

Segunda-feira, regressado a São Paulo, decidi visitar os escritórios da Delta-Cafés no Brasil. Gente muito simpática e trabalhadora que está a trazer esta querida empresa portuguesa para o Brasil, o nosso país irmão. Acabaram a oferecer-me café Delta para o resto da viagem.

No dia seguinte, tive o prazer de entrevistar Bel Pesce, jovem empreendedora brasileira, que é já hoje uma das cem pessoas mais influentes do Brasil. Bel Pesce é uma inspiração, um poço de força e uma verdadeira celebridade no Brasil. Recebeu-me no seu escritório às oito horas da manhã, “numa boa André? Depois o dia fica muito agitado e assim conversamos com calma”. Descontraída e muito ‘boa onda’, como dizem no Brasil.

Isabel Pesce Brito de Matos, conhecida simplesmente por Bel Pesce, nasceu em São Paulo, numa família simples de classe média.

“Cresci numa família cheia de amor mas que esperava que eu nascesse, casasse, comprasse a casa ao lado e fizesse toda a vida aqui pertinho! Nunca cresci com o ‘mundo’… até é estranho como a minha história acabou por ser diferente”.

Sempre muito curiosa, desde criança que queria saber como tudo funcionava. Com três anos, partia relógios e pulseiras para depois os tentar montar. Uma vontade de aprender que Bel acredita ter nascido consigo:

“Não sei explicar muito bem de onde vem, acho que nasceu comigo. Desde muito nova que tentei perceber como as coisas funcionavam, fossem coisas ou pessoas. Adorava criar e destruir coisas. Aprendi mais a destruir do que a criar”, conta.

Pouco mais tarde, começou a coleccionar cromos de caderneta. “Nunca imaginei que os cromos autocolantes iam mudar a minha vida”, conta. Havia uma banca de jornais dentro de uma padaria e sempre que o seu pai ia à padaria, Bel pedia para ir à banca comprar cromos. Certo dia, o dono da banca, vendo uma menina tão nova mas já tão responsável pelos cromos, lançou-lhe o desafio: “Bel, consegues dizer quantos pacotes de cromos consegues comprar com um real? Se acertares e me disseres também quanto é o troco, dou-te o dobro dos cromos”. Nasceu aqui a sua paixão por matemática, “afinal, se soubesse a tabuada, conseguia o dobro de cromos. Demorei horas para responder mas desde esse dia que fiquei apaixonada” diz Bel com um sorriso.

Irrequieta e activa, durante a adolescência, Bel vendeu bijuterias, criou sites e jogos de computador para vender. Tinha muita facilidade na escola e como era uma excelente aluna, foi conseguindo bolsas em boas escolas privadas. Mais tarde, preparava o ‘vestibular’, uma espécie de exame nacional de acesso à universidade. Queria ser engenheira aeronáutica e construir aviões mas um professor ao perceber que ela era excepcional, desafia-a a tentar uma faculdade fora do Brasil, o MIT – Massachusetts Institute of Technology, reconhecida escola americana. “Eu? Fora do Brasil? MIT? Nunca tinha pensado nisso! Fui pesquisar e reparei logo que os preços eram muito elevados. A minha família era muito simples, nunca íamos conseguir pagar. Mais, eu nem tinha noção do que era preciso para tentar entrar na faculdade”, diz Bel. Duvidou mas decidiu tentar, “Mesmo não tendo nada, não quis viver com a dúvida. Provavelmente não ia dar certo mas eu não queria com sessenta anos sentar-me com os meus netos e dizer ‘a avó não tentou’… Fui em frente!”.

Começou por fazer alguma pesquisa e encontrou algumas informações importantes. Primeiro descobriu que qualquer pessoa do mundo poderia concorrer para aquela faculdade. Segundo, percebeu que no MIT procuravam o ser humano como um todo, ou seja, valorizavam não apenas competências técnicas mas também sociais e ambições pessoais. Terceiro, que todo o processo de inscrição e aceitação na faculdade era bastante longo. Era já Dezembro quando Bel se deu conta de tudo isto e alguns prazos intermédios já tinham terminado.

Bel, que está confortavelmente sentada no sofá enquanto conversamos, muda a postura e expressivamente explica: “Estava cada vez mais entusiasmada com a possibilidade de ir mas descobri que havia uma prova de admissão cujo prazo de inscrição já tinha terminado. Depois descobri que tinha de ser entrevistada por um ex-aluno do MIT, do mesmo país de origem, mas o prazo para isso também já tinha terminado”.

Por esta altura toda a gente à sua volta lhe dizia para desistir. Era impossível. Tinha perdido vários prazos em várias etapas essenciais e ia acabar por focar-se em algo que a ia fazer perder tempo e prejudicar a sua entrada numa universidade no Brasil – “Todos diziam isto… amigos, família… e nem era por mal. Realmente não estava a ser prudente mas na minha cabeça, pensava que o ‘não’ já tinha garantindo. Fui atrás do ‘sim’!”.

Numa história tão louca como inspiradora, Bel revela toda a sua vontade, perseverança e vontade em fazer acontecer.

Começou por se focar em todas as burocracias e papeladas que dependiam apenas dela. Depois atacou o problema por partes: “Quanto à entrevista necessária… pensei que aquele ex-aluno que fazia as entrevistas, era brasileiro, vivia no Brasil e como tal, tinha de estar em algum lado. Como poderia saber onde ele estava? Perguntando a quem já fez entrevista com ele. Fui à procura e depois de falar com várias pessoas, uma delas, depois de muita insistência, deu-me a morada dele! Fui bater-lhe à porta”.

Foi até casa do entrevistador e implorou para ser entrevistada: “Não sabia o que ia ser a entrevista porque na verdade nunca tinha feito nenhuma. Então meti numa caixa de papelão tudo o que tinha feito na vida e fui bater-lhe à porta. Ele abriu, simpático, mas explicou-me que o prazo já tinha terminado e que o relatório que ele envia para o MIT, já tinha sido submetido. Era impossível este ano mas ofereceu-se para me ajudar para o próximo ano”.

Assim que ouviu isto, Bel ficou cabisbaixa. Neste preciso momento, o entrevistador reparou na caixa de papelão que ela trazia consigo e perguntou-lhe o que era: “Disse-lhe que era a caixa dos sonhos. Disse que estava ali para lhe mostrar como iria tentar usar a educação do MIT para melhorar o Brasil e o mundo mas se não dava este ano, voltava para o ano”, conta Bel, imitando a cara e voz triste que fez para o entrevistador. Ao ouvir isto, o entrevistador, impressionado, diz-lhe para entrar, “quem sabe agente consegue dar um jeito”, conta Bel imitando novamente a sua voz. Correu muito bem, tão bem, que o entrevistador prometeu a Bel que, apesar de já ter terminado o prazo, iria enviar o relatório. Assim o fez e o MIT aceitou o relatório – “Primeira batalha vencida! – diz Bel com um sorriso – “Faltava agora a maldita prova!”.

Foi pesquisar e soube que, de facto, as provas vinham contadas dos EUA. Já tinha terminado o prazo de inscrição e não havia forma de, depois do prazo, Bel se inscrever. Descobre no entanto que, apesar de não haver forma de se inscrever, a prova ainda não tinha ocorrido – iria ter lugar, uns dias depois, numa escola americana em São Paulo. Mesmo sabendo que não teria uma prova para si, Bel tentou tudo. Sem muito tempo para se preparar, decidiu aparecer e abordou o professor tentando explicar a sua situação – “Eu não queria atrapalhar mas de facto, só faltava aquela prova para completar a candidatura ao MIT”. A resposta foi dura e seca. “Não há provas a mais. São contadas. Já toda a gente pagou as provas e nunca ninguém faltou! Por favor saia da sala!”. Insistiu mas foi posta na rua, “a professora era, ainda por cima, alemã! E com os alemães, regras são regras!” conta Bel com um ar muito divertido. Saiu da sala mas pediu para ficar à porta, esperando para o caso de alguém faltar. Bel relembra, “Era uma sala que devia ter uns cinquenta lugares. Numa cena algo dramática, esperei à porta enquanto olhava para dentro e via as pessoas a sentarem-se… fui esperando…esperando… até que tinham sobrado apenas três lugares, faltava meia hora para começar a prova. Comecei a fiquei com esperança… no entanto, logo depois entraram mais duas pessoas e restava agora apenas um lugar. Ai pensei ‘pronto, acabou!’”. Mas não tinha acabado. O último individuo não apareceu e Bel fez mesmo a prova e conseguiu completar a candidatura ao MIT! Três meses depois saíram os resultados e o impossível aconteceu, Bel foi mesmo aceite!

Faltava agora arranjar dinheiro para pagar a sua ida para a faculdade e estadia nos EUA:

“Eu não tinha como ir. Assim que fui aceitei, nem tive tempo para festejar porque não tinha dinheiro para ir. Eram cerca de cinquenta e cinco mil dólares por ano, durante quatro anos, e faltavam apenas seis meses até ao início das aulas… a minha família não tinha possibilidades de pagar sequer 10% disso!”.

Foi à procura de soluções. Começou por tentar algumas bolsas e conseguiu uma que lhe cobria cerca metade dos custos – “Mesmo assim ainda não dava, era muito dinheiro. Pensei ‘eu preciso de me virar!’”. Falou depois com o mesmo professor que a desafiou a concorrer e pediu-lhe trabalho. O professor, conhecendo bem as suas capacidades, contratou-a na hora e durante estes seis meses, Bel, conseguiu juntar o dinheiro suficiente para ficar um semestre no MIT: “Fui para Boston a saber que, se não trabalhasse, ia voltar rapidamente. Todos os semestres tinha de juntar o dinheiro para o seguinte. Fui a querer agarrar o mundo! Trabalhei em tudo o que possas imaginar, telemarketing, corrigir provas, consertar aparelhos electrónicos, consultoria… tudo! Tudo o que era possível fazer, eu fiz! E consegui! Foi uma experiência incrível!”.

Durante as férias, Bel aproveitou também para estagiar em várias empresas, entre elas a Microsoft, em Seattle, Google, em Silicon Valley e Deutsch Bank, em Nova Iorque. Trabalhava muito, estava sempre rodeada de gente diferente, sujeita a ambientes internacionais e, segundo a própria, aprendeu imenso.

Sabendo o que lhe custou chegar até aqui e sedenta por aprender, Bel fez todas as cadeiras que podia, “O preço era o mesmo fazendo apenas as cadeiras extretamente necessárias ou fazendo todas, então, claro, eu quis sempre fazer todas!”. Terminou a formação no MIT com vários diplomas, majors em engenharia e gestão e minors em Economia e Matemática.

Também na universidade, durante uma competição de planos de negócio, Bel ouviu falar, pela primeira vez, em ‘empreendedorismo’, algo que a fascinou:  “Adorei o conceito! Percebi que o empreendedor era uma pessoa que tinha liberdade para construir soluções que o transcendem a si próprio, e mais, descobri que toda a minha vida tinha sido empreendedora e não sabia”.

Desenvolveu vários projectos e aprendeu muito sobre design, planos de negócios, engenharia, como vender uma ideia, sobre erros e sobre planeamento. Quando terminou a faculdade decidiu mudar-se para Silicon Valley, na Califórnia, “Quando lá estive no verão ‘pirei’! Era o lugar mais competitivo do mundo. Seja um empreendedor que lá está para criar a sua empresa, seja um engenheiro que lá vai para trabalhar numa boa empresa, seja um investidor que lá vai procurar talento, as melhores pessoas do mundo estão ou passam por lá tudo! Muita gente e muito boa. No entanto, da mesma forma que é o lugar mais competitivo do mundo é também o mais colaborativo! Aquilo fascinou-me de uma maneira inexplicável”, diz Bel com um olhar radiante – “eu sabia que depois de formada, ia voltar para lá! Foi o que fiz!”

Juntou-se a um programa único entre a Google e o MIT no qual podia fazer o mestrado integrado na Google. No entanto, pouco depois de lá estar, Bel começou a perceber que queria algo diferente:
“A Google era muito grande e eu queria perceber como uma empresa começa. Entretanto conheci três ex-funcionários que tinham acabado de criar a sua própria empresa, a Ooyala. Deixei o mestrado a meio e juntei-me a eles”.

Ficou pouco mais de um ano na empresa. Depois, aos vinte e três anos, fundou, juntamente com dois experientes empresários latino-americanos, a Lemon, empresa que desenvolveu uma aplicação que pretendia ser uma espécie de carteira digital. Um sucesso. Apenas três meses depois do lançamento contava já com cerca de um milhão de utilizadores.

Entretanto, surgiu uma nova ideia: “Eu sempre tive uma grande preocupação em estar de alguma forma perto do Brasil. Quando contava aos meus amigos e família como era a vida nos EUA, as perguntas eram sempre as mesmas: ‘Como é Silicon Valley?’ Como é a vida em Boston? Como é o MIT? E a Google?’ Comecei a pensar… Se todos os meus amigos têm estas dúvidas, muito mais gente as deve ter. Então porque não escrever um livro e partilhá-lo com todos?”.

Seleccionou algumas histórias simples e aprendizagens que teve nos EUA e passou-as a livro, “Queria que fosse uma leitura muito simples e que qualquer um pudesse entender, desde um menino de oito anos até uma senhora de cem anos. Escrevi sobre coisas simples mas que me ajudaram muito: Como ter um mentor ou qual o verdadeiro valor de um plano de negócios”. Nascia assim, aos vinte e quatro anos, a sua primeira obra, ‘A menina do Vale’ – “Escrevi o livro em português e um amigo fez as ilustrações. Depois juntei tudo num documento pdf e coloquei no meu site, que só a minha mãe conhecia, para quem quisesse fazer download gratuito. Continuei a minha vida… quatro dias depois fui ver o número de visitas ao site e pensei ‘isto só pode estar errado!’”. Não estava! Em apenas quatro dias teve mais de 100 mil downloads! Ao fim de dois meses atingiu um milhão! Impressionante! Perguntei-lhe quais foram os factores para isto acontecer. Bel responde com humildade: “Era um livro escrito em português, gratuito, mas que pelos vistos adicionava valor. Não fiz nenhuma campanha de marketing mas acabou por se tornar viral”.

Televisões, rádios, revistas… Bel Pesce tornou-se um fenómeno. Um sucesso tal que, no final de 2012, com apenas vinte e quatro anos, foi nomeada como uma das pessoas mais influentes do Brasil! Bel relata, “Comecei a dar palestras pelo Brasil e foi surreal! Milhares de pessoas iam para assistir, havia gente a chorar nas filas, pediam autógrafos e outros diziam que o livro tinha mudado a sua vida! Foi inacreditável porque eu sou exactamente igual às pessoas que estavam naquela fila! Acho que as pessoas, no geral, não procuram super-heróis inalcançáveis, antes pessoas como elas que fizeram coisas interessantes. Acho na verdade, que foi por isso que deu certo. Eu sou igualzinha às pessoas que estavam naquela fila mas fiz algumas coisas que muita gente sonha – o MIT, a Google, Microsoft…”.

Fico surpreso pela velocidade como as coisas aconteceram na vida de Bel. Arregalo os olhos. Ela continua, “Para teres uma ideia, um vídeo sobre a minha história tornou-se viral no youtube. Teve um milhão de visualizações, fiquei à frente do Justin Bieber!”, erguendo os punhos com um ar engraçado, enquanto soltamos em simultâneo uma gargalhada.

A partir daqui, Bel fazia eco com a sua voz e decidiu usá-la: “Achei que tinha o dever de fazer algo pela educação do Brasil. O livro que tinha lançado era sobre empreendedorismo e educação e eu tinha agora uma voz que milhões de pessoas ouviam. Se não usasse isso para algo, para fazer o bem, nunca me ia perdoar”.

Saiu da Lemon, voltou para o Brasil e fundou, em 2013, aquela que apelida de, “a escola dos seus sonhos” – a ‘Faz Inova’. Uma escola de empreendedorismo que oferece programas que se focam em factores comportamentais e ferramentas técnicas para fazer acontecer, “tudo o que precisamos para voar”, diz Bel. Começou por desenhar cursos onde se ensinam competências comportamentais, assim como empreendedorismo e inovação. Fez uma parceria com a sua antiga escola para utilizar o espaço para as aulas, promoveu os cursos nas suas redes e os resultados têm sido excelentes! Hoje, tem, entre cursos presenciais e online, mais de 45 mil alunos: “Quando olho para trás e analiso aqueles que foram os factores que me levaram a ter sucesso, quase sempre, foram factores comportamentais como saber relacionar-me com pessoas, saber o que me apaixona, ser produtiva, saber negociar, saber ‘aprender a aprender’. Reparei que nenhuma destas coisas se aprende na escola. As coisas que mais me criaram oportunidades na vida, não são ensinadas”, refere Bel.

Entretanto, doze editoras foram procura-la e Bel acabou por publicar o seu livro que, para além de continuar disponível gratuitamente na internet, se tornou um best-seller nas livrarias. Lançou já o segundo livro – “Procuram-se super-heróis” – também best-seller.

Pergunto-lhe qual a sua definição de empreendedor, Bel responde prontamente: “Para mim ser empreendedor é criar produtos ou serviços que toquem vidas e isso, pode ser feito criando uma empresa mas não necessariamente. Pode ser feito trabalhando para outros ou até, fazendo algo artístico. Quanto mais vidas tocar e de forma mais positiva, mais bem-sucedido, para mim, é o empreendedor. Acredito que tudo é possível se as pessoas se dedicarem muito, de cabeça e coração. Claro que podem existir coisas que não dêem certo mas, meio caminho, passa por cada um dar o seu melhor. Eu própria já fiz um monte de coisas que não deram certo, no entanto, se eu fiz o meu melhor não me culpo. O pensamento tem de ser este!”.

A forma como encara a vida fala por si. Bel é uma força da natureza. Faz acontecer! Para ela parece nunca haver objectivos demasiado ambiciosos. Mesmo quando aparentemente não existe possibilidades de sucesso, consegue abrir portas que pareciam trancadas. Não pára enquanto não faz acontecer!”

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Empreendedor | Viajante | Autor & Orador

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